Saturday 26 January 2013

Top 10 de 2012

Bem, 2013 já começou há algum tempo mas devido a alguns contratempos, só agora tive tempo de fazer um novo post. Em 2012 desafiei-me a ler 30 livros e, infelizmente, apenas li 25, no entanto, esses 25 foram dos melhores livros que alguma vez li. Assim sendo, aqui fica o meu top 10 livros lidos em 2012 (não estão por ordem, sendo todos igualmente fantásticos):

1. O Nome do Vento, de Patrick Rothfuss



2. A Glória dos Traidores, de George R.R. Martin



3. Aprendiz de Assassino, de Robin Hobb
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4. Os Jogos da Fome, de Suzanne Collins



5. Em Chamas, de Suzanne Collins




6. Alex 9, de Bruno Martins Soares



7. Divergente, de Veronica Roth



8. A Senhora da Magia, de Marion Zimmer Bradley


9. O Diário de Anne Frank, de Anne Frank
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10. A Irmandade do Anel, de J.R.R. Tolkien



Qual os vossos 10 livros favoritos lidos em 2012? Têm intenção de voltar a lê-los em 2013? Eu vou reler o Divergente, provavelmente Os Jogos da Fome e Em Chamas e, de certeza, O Nome do Vento. Simplesmente adoro reler livros. E vocês? Preferem ficar por uma leitura ou gostam de revisitar os bons livros?

Até à próxima e... boas leituras!

Saturday 19 January 2013

Crepúsculo - Opinião

"Melhor livro da década... até agora"
Amazon

Acho que vou ter de discordar com a frase acima apresentada.
É a segunda vez que leio este livro e devo dizer que da primeira vez que o li não gostei mesmo nada. Por isso podem perguntar-se por que é que eu li uma segunda vez? Porque uma amiga minha (e não sei quão amiga ela é ao fazer-me isto) "obrigou-me" a ler a saga até ao fim do ano (ela também não gosta dos livros, atenção). Por isso, sendo que já se passou cerca de três anos desde a última vez que o li, decidi começar sem qualquer preconceito, como se fosse a primeira vez (o que de certa maneira era porque já não me lembrava muito bem das coisas). E isto levou a que, no início, gostasse bastante do livro (até pensei em dar-lhe 4 estrelas), mas depois as coisas começaram a mudar e comecei a gostar cada vez menos do livro.
Comecemos, então, por uma pequena sinopse (escusada já que todos conhecem este livro). Bella é uma simples rapariga que, infelizmente, se vê obrigada a mudar-se de Phoenix (onde morava com a mãe) para Forks (para viver com o pai) já que a mãe decidiu casar com um jogador de baseball, o que faz com que esteja sempre em viagens. Para seu grande infortúnio, Forks é uma cidade deprimente onde raramente há sol e onde raramente não há chuva e, para além do mais, tem de viver sozinha com o pai e de ir para uma nova escola onde não conhece ninguém. E, surpresa surpresa, ela apaixona-se por um rapaz, o Edward que, por acaso, é um vampiro que brilha no sol e é vegetariano.
Esta história podia resultar se não fossem os inúmeros problemas que o livro tem: primeiro a escrita que é simplesmente apavoradora, depois vêm as personagens que parecem pacientes saídos de uma clínica de tratamento de bipolaridade falhada, a seguir as ideias que não funcionaram e por fim a história. Entremos, então, em mais detalhe nestes problemas.
A escrita, portanto. No início não me importei muito com ela. Após ter atacado uma fã da saga, esta explicou-me que não queria saber da escrita deste que o livro a transportasse para momentos fantásticos e locais de sonhos. Tentei seguir esta filosofia e ignorar ao máximo a escrita mas quando o Edward entrou em cena não consegui suportar. Desafio-vos a fazerem isto: sempre que a Bella descreve os olhos, a boca, a pele ou o cabelo do Edward, bebam um shot. Estava a gozar, não façam isso. Não iam sobreviver. Em cada página havia pelo menos um parágrafo dedicado à descrição de uma parte do corpo de Edward. Acaba por se tornar repetitivo e irritante. Já percebemos que os olhos do Edward são dourados, Bella. Já percebemos que a pele dele é branca, fria e dura, Bella. Já percebemos que a boca dele é perfeita e que fica firme sempre que dizes uma coisa estúpida, Bella. Já percebemos que ele tem uma força férrea que te deixa boquiaberta, Bella. Que irritante.
Em segundo, as personagens. Como disse, as personagens deste livro parecem saídas de uma clínica de bipolaridade que falhou ao tratar os seus pacientes. No início era só a Bella que, num parágrafo podia estar muito bem e no outro estava irritada com o mundo e descrevia o quão zangada estava com Edward ou Mike ou Eric. E depois vem o Edward e mostra-se ainda mais bipolar. Pode estar a sorrir e às gargalhadas mas depois a Bella diz uma coisa completamente banal e ordinário e ele fica zangado e os olhos ficam subitamente duros e zangados. E isto repete-se durante todo, todo, todo o livro.
A seguir são as ideias. Até podiam ter resultado se a autora não as tivesse aplicado a um ser mitológico tão conhecido e admirado. Os vampiros são conhecidos por todos e são sempre associados a morte, sangue, trevas, caixões, morcegos, etc. e depois vem a Stephanie Meyer e dá-nos vampiros que em vez de morrerem com a luz solar, brilham como diamantes, que em vez de matarem pessoas, são vegetarianos e comem apenas animais, que em vez de serem vis e horríveis, são belos como deuses e dão-se na perfeição com os Humanos e até trabalham em hospitais (WTF?!). É normal que este livro seja apreciado essencialmente por raparigas pois só elas poderiam achar um vampiro que brilha ao sol a coisa mais atraente de sempre.
Por fim, a história. Ignorando os twists mal feitos ao folclore vampiresco, a escrita horrível e as personagens bipolares, a história até podia ser divertida e interessante. E, de certa maneira, até foi. Manteve a minha sanidade mental e a minha vontade de ler e é por isso que dou mais do que uma estrela a este livro. Mas acabou por ser também repetitiva e cliché, mas não tanto como os outros elementos do livro.

Como já podem ter percebido, não gostei lá muito deste livro. Duas estrelas em cinco, um Fraco que, sinceramente, já estava à espera.

Até à próxima e... boas leituras!