Tuesday 20 March 2012

Um Conto de Natal (Crítica)


Eu queria guardar esta crítica para mais tarde, mas não consegui aguentar. Tenho de a escrever. O livro a que me refiro é o Conto de Natal de Charles Dickens, o famoso conto de Natal sobre um velho ganancioso e forreta chamado Scrooge que é visitado por três espíritos: um do Natal Passado, um do Natal Presente e outro do Natal Futuro. Existem inúmeras publicações deste conto por isso será escusado dizer qual a editora. No entanto devo referir que tem 3.83 estrelas no Goodreads (o que eu acho um abuso, e já vão perceber porquê).
Vamos começar, como sempre, pelas personagens:
-Personagens-
Devo dizer que este foi um dos únicos pontos que eu apreciei no livro. As personagens são interessantes. Scrooge, o velho forreta que aprende uma lição, os espíritos que o ajudam a ver o mundo com outros olhos, os empregados de Scrooge que vivem pobremente, etc. Então, 1 em 1 estrela para as personagens.
-Escrita-
A escrita neste livro é bela, sem dúvida, mas é o principal problema.Na última crítica que fiz falei em "blocos" e esta pertence ao bloco das escritas bonitas, mas dentro deste bloco, cai no bloco das escritas-que-faz-adormecer-de-tal-maneira-que-me-apetece-queimar-o-livro. Eu, enquanto lia este livro, tinha lágrimas nos olhos e não porque estava comovido, mas sim porque estava a ficar cheio de sono. 0 em 1 estrela para a escrita.
-Cenário/Lugar onde se passa o livro-
Os lugares neste livro são descritos mas de uma maneira tão complicada que eu não percebo nada. Provavelmente isto deve-se ao facto de muitas das palavras que aparecem na descrição eu não conheço ou então é um problema da tradução. Só sei que as descrições eram tão confusas que eu olhava para as páginas da frente para saber quando iam acabar. 0 em 1 estrela para o cenário.
-Ideia/Enredo-
Ok, no meio de tanto desastre, a ideia principal neste livro é boa e é uma lição. E eu recebi a mensagem transmitida e gostei da ideia dos fantasmas e de tudo o resto. Por isso este é mais um ponto que se safa entre os outros. Não devemos ser egoístas e devemos ser sempre solidários, etc, etc. Por isso, 1 em 1 estrela para a ideia.
-Outros-
Não há nada para dizer aqui. Este livro não tinha nada de especial que deva ser mencionado, excepto o facto de ter fantasmas. Mas de resto... 0 em 1 estrela para os outros.

Resumindo, 2 estrelas em 5 para o livro e acreditem: não leiam este livro. A sério, não o leiam. Se quiserem um livro para ler enquanto neva lá fora ou se apreciam clássicos, tudo bem. E também o recomendo para quem tem insónias porque isto certamente vos fará fechar os olhos. E não se esqueçam: quando tiverem com falta de lenha, comprem este livro que é barato e dá para acender uma lareira. Aconselho a não ler porque... não leiam.

3 comments:

  1. Sério isso? Eu acho que todos tem o direito de opinar e com certeza, eu entendo quando você diz que achou o livro chato, eu certamente também acho José de Alencar chato, mas não fico dizendo por aí para não lerem o livro dele. Primeiro, devemos levar em consideração todo um contexto histórico: primeiro Dickens era um escritor britânico do século XIX, época vitoriana. Ele nasceu tão pobre, que ele poderia escrever todo um cenário miserável por experiência própria, de modo que ele possivelmente conheceu muitos Ebenezeres Scrooges em sua vida. Ele, também fazia uma denúncia social, como fez em todas as suas obras, por curiosidade leia Oliver Twist. Eu li Conto de Natal, não o achei enfadonho e mesmo que tenha achado, eu não teria dito aos demais para não lê-lo. Certamente este é um bom livro ou não teriam tantas variações deste texto como tem em inúmeras mídias em inúmeros formatos, até mesmo em um conto com o tio Patinhas! Eu sinceramente achei desnecessário o seu comentário sobre queimar os livros. Seria instrutivo saber com qual critério e formação você tem para julgar uma obra literária!

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    1. E desde quando é que uma pessoa precisa de ter formação para dar uma opinião? Eu não sou mestre em fazer compotas, no entanto odeio compota de laranja. Eu não sou formado em moda mas sei quando gosto, ou não, de um casaco. Eu não tenho curso em teoria das cores mas não gosto da cor castanha. As opiniões são boas precisamente porque são opiniões: cada um tem a sua e, aliadas a circunstâncias ideias (ou seja, ter liberdade de expressão), tornam-se no melhor método para provocar debates e discussões que levam a uma sociedade melhor. No entanto, compreendo o seu ponto de vista: ninguém gosta quando outra pessoa diz que se devia queimar um livro de que gostamos. É perfeitamente normal, mas tem de ter em conta que eu escrevo críticas e opiniões recheadas de humor negro, sarcasmo e cinismo por isso quando digo "queimar o livro", estou na brincadeira

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