Thursday 31 May 2012

Em Chamas - Crítica

Comecei a ler este livro por várias razões: 1º porque adorei os "Jogos da Fome" (o primeiro livro da trilogia), 2º porque uma amiga minha disse que este era o melhor livro da trilogia, 3º porque só vejo boas críticas em todo o lado, 4º porque me disseram que a minha mente ia explodir com tantas reviravoltas e 5º porque tem 4.36 estrelas em 5 no Goodreads.

Sendo este o segundo livro da trilogia "Jogos da Fome" (publicados em Portugal pela Editorial Presença), foi escrito por Suzanne Collins. Li este livro na sua versão original inglesa chamada "Catching Fire" publicada pela Schoolastic Press. Vamos para a crítica.

*CONTÉM SPOILERS DO PRIMEIRO LIVRO (E UM POUCO DO SEGUNDO)!!!*

Bem, comecei a ler o livro cheio de expectativas. O primeiro foi maravilhoso e agora toda a gente dizia bem do segundo e se a minha amiga dizia que era maravilhoso, eu só tinha de acreditar. E tal como acontece sempre que me lanço num livro com altas expectativas, o livro começou a decepcionar-me. Nas primeiras 60 páginas do livro nada acontecia. A Katniss e o Peeta estavam a visitar os distritos após a vitória nos 74º Jogos da Fome e para além de uma morte e um motim no Distrito 11, nada acontecia de jeito. E depois chegou o capítulo 13.
Provavelmente foi pura coincidência ou se calhar a Suzanne Collins fez de propósito para calhar no número do azar (13). Só sei que uma vez chegado ao capítulo 13 apercebi-me de duas coisas: a Katniss estava condenada a passar uma vida de azar e a minha vida estava prestes a mudar. É que uma vez que li o capítulo 13, a minha vida mudou mesmo. Durante a semana que demorei a ler este livro não fiz trabalhos de casa nem estudei nem toquei no computador. Havia noites que lia à luz do telemóvel.
É que no capítulo 13 descobrimos que a Katniss Everdeen e Peeta Mellark, o par amoroso acabadinho de sair dos Jogos da Fome, volta a entrar nos Jogos da Fome. De 25 em 25 anos são organizados Jogos da Fome 'especiais' em que o Presidente Snow escolhe um envelope onde está escrita a surpresa destes Jogos da Fome. Nos 50º Jogos foram levados para a arena o dobro dos tributos (em vez de 2 por distrito foram 4 e foi nestes Jogos que o Haymitch ganhou). E, surpresa surpresa, nos 75º Jogos da Fome vão ser escolhidos vencedores dos outros Jogos em vez de crianças entre 12 e 18 anos. Aquilo que nunca poderia acontecer porque já tinham ganho uma vez os jogos, acontece. Katniss, sendo a única vencedora feminina dos Jogos no Distrito 12 é escolhida e com ela é escolhido o Haymitch, mas Peeta rapidamente toma o lugar.
Katniss mostra-se cada vez mais uma forte heroína feminina determinada a salvar quem mais ama: Peeta, a mãe, a irmã e Gale e a sua família. Determinada a fazer com que Peeta saia vivo destes Jogos, tenta o tudo por tudo para o conseguir. E foi isso que adorei neste livro. No primeiro forma-se um triângulo amoroso e pensei que no segundo livro o triângulo seria a história principal. Será que a Katniss escolhe o Peeta ou o Gale (eu acho que ele deve ficar com o Peeta xD)? Já tinha lido um livro assim e que rapidamente descobri que foi o livro que mais odiei: Crepúsculo. Sempre sobre o triângulo amoroso que começa a fartar nos livros para adolescentes. Mas a Suzanne Collins, muito ao contrário da Stephanie Meyer, manda o triângulo amoroso para segundo plano e traz para primeiro aquilo que todos queremos: acção, aventura, adrenalina, reviravoltas e os Jogos. Como se o triângulo amoroso fosse adormecido ao longo do livro para dar lugar aos Jogos. O que eu acho fantástico. Se a Stephanie Meyer tivesse feito o mesmo e se apostasse mais na guerra entre Lobisomens e Vampiros, provavelmente teria escrito a saga com mais sucesso na actualidade e teria cativado leitores masculinos e femininos como a Suzanne. Mas não, a Stephanie preferiu apostar em amor e beijinhos e bebés em vez da acção e a Suzanne escreveu sobre o Jogos e sobre amor na adolescência cativando muitos leitores. Foi isso que mais gostei no livro.
O Peeta continua o rapaz apaixonado do primeiro livro, mas desta vez achei-o mais crescido e mais determinado. O Haymitch continua o mesmo bêbado do primeiro mas revela ser uma personagem muito importante no final do livro. A Effie continua a Effie que tanto adorei no primeiro livro: ignorante mas cómica com a sua ignorância e um retrato perfeito de uma parte da sociedade actual.
Resumindo e concluindo, um livro maravilhoso.

Prognósticos: 10 em 10 estrelas e se pudesse dava 15 em 10. O que corresponde a 5 em 5 estrelas, um Brilhante. Tenho reparado que tenho dado muito boas críticas aos livros que leio, o que é bom porque significa que sei escolher livros. Não se esqueçam de ler este livro. A sério, é fantástico!

Até à próxima e... boas leituras!

3 comments:

  1. Eu disse-te que era espectacular, não disse? :D Mais uma vez, concordo com tudo o que aqui disseste, é um livro lindo, maravilhoso e, como referiste no teu 1º post do blog, os livros deste tipo tornam-nos pessoas melhores xD A escrita da Suzanne é tão fluida, tão cativante.... :)

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    1. se não fosses tu eu não teria lido o livro!

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    2. Oh, tenho a certeza que sim , tu adoraste o primeiro ! :b
      E quando tu gostas de uma coisa, já sei como é que é.. :)

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